MATEMÁTICA & CIA

quarta-feira, 21 de março de 2012

CONJUNTOS NUMÉRICOS

          Todos os números que conhecemos podem ser divididos em grupos segundo características comuns entre eles, isto é, os números estão agrupados em conjuntos - os conjuntos numéricos.

          O conjunto mais simples, e o primeiro com o qual temos contato, é o conjunto dos números naturais. Ele é formado por números inteiros e positivos, mais o zero. Assim, a partir do zero, e "andando" de uma em uma unidade, infinitamente, temos os números naturais.

Representação: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}

          Muita gente acharia a Matemática bem menos complicada se existissem só esses números!

          Porém, esse conjunto é limitado para algumas coisas, isto é, existem alguns problemas que ele não "consegue resolver". Tente, por exemplo, achar um sucessor e um antecessor natural para cada um desses números. O zero não tem antecessor natural! Outra coisa: é sempre possível subtrair dois números naturais e achar outro número natural? A resposta é "não". Basta tentar fazer 3 - 4. Assim, é necessário utilizar outros números. Em nosso cotidiano, outras quantidades aparecem e precisam ser representadas, como um saldo negativo no banco ou uma variação negativa de temperatura.

         O conjunto que soluciona esses problemas é o dos números inteiros. Ele é formado pelos inteiros negativos, positivos e o zero. Continua "andando" de uma em uma unidade, mas agora todos os seus componentes têm sucessor e antecessor, e é possível fazer qualquer subtração entre eles, pois o resultado será sempre inteiro.

Representação: Z = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...} 

          No entanto, como o conjunto dos números naturais, ele tem os seus "probleminhas". Não é possível sempre dividir um número inteiro por outro e o resultado ser inteiro. Se tentarmos dividir 3 por 2, por exemplo, o resultado não será exato, não será inteiro. Logo, esse conjunto não serve ainda para representar todas as quantidades existentes. Nosso sistema monetário, com centavos, não pode ser representado só com números inteiros. A simples quantia de R$ 1,50 não é um número inteiro.

          É necessário, então, outro conjunto: o dos números racionais. Esses números são os resultados de divisões exatas e inexatas, ou seja, estão incluídos os números inteiros, os decimais, as frações, as dízimas periódicas e pode ser definido como o conjunto dos números que podem ser escritos na forma de fração.

Representação: =
Exemplos de números racionais: 0; 1,23; 0, 3333...; œ; -4; 13; etc.

          Os matemáticos de antigamente chegaram a aceitar que esses números fossem perfeitos, que não houvesse nenhum problema sem solução para eles. Mas foram surpreendidos com o seguinte questionamento: qual é a medida da diagonal do quadrado de lado 1?

          A diagonal e os lados do quadrado formam um triângulo retângulo, no qual é possível aplicar o teorema de Pitágoras:

          A pergunta aqui, na verdade é: qual é o número racional que, elevado ao quadrado, resulta em 2? A resposta é: não existe número racional que, elevado ao quadrado, resulte em 2, nem em 3, nem em 5 e muitos outros.

          O número que soluciona esse problema é a raiz quadrada de dois. Esse número não é racional, pois possui infinitas casas decimais, as quais não constituem uma dízima, logo não pode ser escrito na forma de fração.
          Surge, então, um novo conjunto - o dos números irracionais. Esse conjunto é constituído, basicamente, pelas raízes não-exatas, mas seu mais famoso integrante é o número , seguido do número e.

          Assim, os números que fazem parte do conjunto dos números irracionais não podem ser escritos na forma de fração, logo não são racionais, ao contrário dos conjuntos anteriores, pois os naturais estão contidos nos inteiros - e esses, por sua vez, estão contidos nos racionais.

          A união dos irracionais com os racionais forma o conjunto dos números reais (R) , os quais resolvem quase todo tipo de problema. Isso mesmo: quase todos os problemas. Na 3ª série do Ensino Médio estudaremos o Conjunto dos números complexos (C).
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É importante notar a representação dos irracionais, cuja forma mais correta é R - Q, ou seja, os reais menos os racionais.

VÍDEO - CONJUNTOS NUMÉRICOS

http://www.youtube.com/watch?v=ooZatdw2DY4&noredirect=1

A MAGIA DOS NÚMEROS


                   Antes mesmo do surgimento dos números, os povos se utilizavam de símbolos como ferramentas auxiliares em processos envolvendo contagem. Os vários povos que constituíram civilizações no decorrer da história buscavam desenvolver técnicas matemáticas capazes de solucionar problemas cotidianos. Entre os povos podemos citar: maias, incas, astecas, sumérios, egípcios, gregos, chineses, romanos, povos da região mesopotâmica, entre outros. 
          Dentre os estudos surgiram sistemas de numeração, técnicas de contagem, símbolos numéricos, calendários baseados no sistema solar, objetos de contagem como o ábaco, posicionamento numérico e diversas outras descobertas. Os cálculos matemáticos e os mistérios da natureza sempre fascinaram o homem, que buscou e ainda busca nos números, desvendar determinadas situações. O surgimento do sistema de numeração indo-arábico facilitou o crescimento da Matemática e de outras ciências, pois a base decimal facilitava os cálculos numéricos objetivando respostas a algumas situações consideradas incógnitas. 
          Nos séculos seguintes, a introdução do sistema de base decimal na Europa pelos árabes e os grandes gênios da Matemática despertaram suas habilidades intelectuais para o desenvolvimento de novas técnicas. O surgimento de importantes relações caracterizadas por números constantes como o π (pi) e o Ф (número de ouro) constituíram importantes passos para a ciência dos números. Os mistérios da natureza começavam a ser desvendados.
          Os números constituem o alicerce da Matemática, pois sem estes, ela não teria evoluído como evoluiu. Até hoje, os números intrigam as pessoas ligadas à área de exatas através de situações que conduzem a resultados fascinantes. A criatividade e a habilidade em manobrar os números, levam a um mundo cheio de mistérios e segredos.
       
       1X8+1=9
     12X8+2=98
   123X8+3=987
 1234X8+4=9876
12345X8+5=98765
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Fonte: http://www.brasilescola.com/matematica/a-magia-dos-numeros.htm

segunda-feira, 5 de março de 2012

DESAFIOS MATEMÁTICOS

http://www.profcardy.com/desafios/aplicativos.php?id=24

IMAGENS


VEJA ESTE VÍDEO

 http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/voce-e-um-numero

VOCÊ É UM NÚMERO



        Se você não tomar cuidado vira um número até para si mesmo. Porque a partir do instante em que você nasce classificam-no com um número. Sua identidade no Félix Pacheco é um número. O registro civil é um número. Seu título de eleitor é um número. Profissionalmente falando você também é. Para ser motorista, tem carteira com número, e chapa de carro. No Imposto de Renda, o contribuinte é identificado com um número. Seu prédio, seu telefone, seu número de apartamento - Tudo é número.
          Se é dos que abrem crediário, para eles você também é um número. Se tem propriedades, também. Se é sócio de um clube tem um número. Se é imortal da Academia Brasileira de Letras tem número da cadeira.É por isso que vou tomar aulas particulares de Matemática. Preciso saber das coisas. Ou aulas e Física. Não estou brincando: vou mesmo tomar aulas de Matemática, preciso saber alguma coisa sobre cálculo integral.
        Se você é comerciante, seu alvará de Localização o classifica também.
        Se é contribuinte de qualquer obra de beneficência também é solicitado por um número. Se faz viagem de passeio ou de turismo ou de negócio recebe um número. Para tomar um avião, dão-lhe um número. Se possui ações também recebe um, como acionista de uma companhia. É claro que você é um número no recenseamento. Se é católico recebe um número de batismo. No Registro civil ou religioso você é numerado. Se possui personalidade jurídica tem. E quando a gente morre, no jazigo, tem um número. E a certidão de óbito também.
        Nós não somos ninguém? Protesto. Aliás é inútil o protesto. E vai ver meu protesto também é número.
A minha amiga contou que no Alto do Sertão de Pernambuco uma mulher estava com o filho doente, desidratado, foi ao Posto de Saúde. E recebeu a ficha com o número 10. Mas dentro do horário previsto pelo médico a criança não pode ser atendida porque só atenderam até o número 9. A criança morreu por causa de um número. Nós somos culpados.
Se há uma guerra, você é classificado por um número. Numa pulseira com placa metálica, se não me engano. Ou numa corrente de pescoço, metálica.
E Deus não é número.
[...]


sexta-feira, 2 de março de 2012

CURIOSIDADES SOBRE O ANO BISSEXTO



ANO BISSEXTO: VOCÊ SABE O QUE É ISSO?

          De tempos em tempos, o calendário tem um dia a mais: o 29 de fevereiro. Esses anos mais longos são chamados bissextos. Por que isso acontece?
O calendário que usamos (gregoriano), de 365 dias de 24 horas, tem uma pequena diferença em relação ao tempo que a Terra leva para contornar o sol. O ciclo solar, ou ano trópico, é definido como o intervalo entre o início de duas primaveras consecutivas no hemisfério Norte – indicando um ciclo completo da Terra em torno do sol. Esse período é de 365 dias e aproximadamente 6 horas (na verdade, são 5 horas, 48 minutos, 45 segundos e 216 milésimos de segundo).
A cada 4 anos, a diferença de horas entre o ano solar e o do calendário convencional completa cerca de 24 horas (mais exatamente: 23 horas, 15 minutos e 864 milésimos de segundo). Para compensar essa diferença e evitar um descompasso em relação às estações do ano, insere-se um dia extra na folhinha e fevereiro fica com 29 dias. Essa correção é especialmente importante para atividades atreladas às estações, como a agricultura e até mesmo as festas religiosas.

Como surgiu o ano bissexto?
A descoberta da necessidade dos anos bissextos aconteceu há muito tempo. “Há notícias de dias acrescentados no calendário com esse objetivo desde 324 a.C.”, conta Roberto Boczko, professor de astronomia do Instituto de Astronomia e Geologia (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).
Os homens inventaram os primeiros calendários para conseguir se planejar em relação às estações, por causa da agricultura (a maioria das plantas completa seu ciclo nesse período) e das dificuldades climáticas (como invernos rigorosos). Apesar das inúmeras tentativas, descobriu-se que é muito difícil estabelecer um calendário que tenha total harmonia com o ciclo solar.
As diversas tentativas de equiparar os calendários ao ano trópico eram desordenadas e faziam com que alguns anos fosse muito maiores que outros. Em 46 a.C., havia uma defasagem de 90 dias entre o calendário da época e o início da primavera. Naquele ano, as festas romanas em comemoração à estação mais florida do ano, marcadas para março (que era o primeiro mês do ano), caíram em pleno inverno.
O então imperador romano Júlio César resolveu acertar o relógio. Para resolver os atrasos anteriores, ele esticou aquele ano para 445 dias. A partir dali, instituiu a regra de intercalar, periodicamente, um ano com 1 dia a mais, por sugestão do astrônomo Sofígenes. Ficou combinado que, depois de 3 anos de 365 dias, viria um de 366 dias.
Mas, por confusão ou dificuldade, a regra foi cumprida de maneira diferente: os anos bissextos aconteciam depois de dois anos comuns (um ciclo de apenas 3 anos, e não 4, como quis Júlio César). O erro foi percebido em 10 a.C. e, para compensar, os anos bissextos foram suspensos até 8 d.C. A partir daí, o imperador César Augusto fez com que a regra de Júlio César fosse seguida sistematicamente: três anos comuns, um ano bissexto. Durante séculos a solução juliana resolveu o problema. Mas, no longo prazo, ela mostrou que não era suficiente para garantir a sincronia entre ano solar e calendário e demandou uma nova mudança.
Em 325 d.C., a Igreja Católica decidiu que o início da primavera deveria cair no dia 21 de março, para que combinasse com suas comemorações religiosas. Em 1582, esse dia caiu 10 dias depois do início da estação. O papa Gregório 13 resolveu a questão fazendo com que, em outubro, a contagem de dias pulasse 10 dias. As pessoas foram dormir na quinta-feira dia 4 e acordaram na sexta-feira no dia 15. Além desse acerto forçado (que fez com que a primavera começasse no dia 21 de março do ano seguinte, como a Igreja queria), Gregório 13 propôs um cálculo mais complexo, porém, mais certeiro para os anos bissextos.
Aceitando a sugestão do matemático Cristhovan Clavius, Gregório 13 decidiu que o cálculo passaria a ser o seguinte: continua a valer a regra de um bissexto a cada quatro anos, exceto para os anos que terminam em zero duplo (00). Estes só seriam bissextos uma vez a cada 400 anos.